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Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose

Foto do escritor: Leader SaúdeLeader Saúde

Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar.


Transmissão:

A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso. Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existam muitas plantas.


As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico e o cavalo.

Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.

Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses.


Sintomas da leishmaniose visceral:

– Febre intermitente com semanas de duração; – Fraqueza; – Perda de apetite; – Emagrecimento; – Anemia; – Palidez; – Aumento do baço e do fígado; – Comprometimento da medula óssea; – Problemas respiratórios; – Diarreia; – Sangramentos na boca e nos intestinos.


Sintomas da leishmaniose cutânea:

Duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta, bordas avermelhadas, que demoram para cicatrizar. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.

Outra forma da doença é a mucocutânea, em geral transmitida pelo Leishmania braziliensis. A ferida primária tem as mesmas características da cutânea simples. A diferença é que, ao mesmo tempo, ou meses depois, surgem metásteses nas mucosas da nasofaringe que destroem a cartilagem do nariz e do palato provocando deformações graves.

A presença de nódulos espalhados pelo corpo, sobretudo nos membros, é a principal característica da leishmaniose cutâneo difusa. Já na leishmaniose disseminada, o paciente apresenta inumeras lesões ulceradas espalhadas por todo o corpo, que surgem de repente e podem vir acompanhadas de febre, calafrios e mal-estar.


Diagnóstico e Tratamento:

O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte.

Para os cães acometidos pela doença, já existe tratamento autorizado no país, conforme Nota Técnica nº 11/2016, devendo ser prescrito e acompanhado por médico veterinário.


Prevenção:

– evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata; – fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde; – evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata; – utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença; – usar mosquiteiros para dormir; – usar telas protetoras em janelas e portas.


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